sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pensando o escravismo moderno


Ariane Fernandes Machado
Fernanda Brussi Gonçalves
Ícaro Dimitri da Costa
João Guilherme Pellegrini
Ricardo Sinigaglia Arruda

O escravo que veio para a América tinha como uma de suas principais funções o trabalho nas plantations, sendo obrigado a substituir seus laços culturais, não tendo mais direito à sua memória e não pertencendo mais à sua tribo, pois, inserido em uma nova sociedade, tinha contato com uma nova cultura, a “branca”. Não está à margem da sociedade, mas inserido nela, pois faz parte de um meio social em que é dominado enquanto seus senhores são dominantes. Isso não priva o escravo de ser produtor de cultura, levando em consideração a teoria thompsoniana que o reitera como parte da sociedade, nesse caso a do Capitalismo Mercantil. A ciência do século XIX veio a apoiar o regime escravista com as teorias raciais que fundamentaram que o negro era inferior ao branco, tendo aquele que passar por um processo de “clareamento da pele”, na reprodução com este, para que pudesse evoluir.  Ainda neste contexto, é preciso romper com a idéia tradicional de que o papel social dos escravos brasileiros se restringiu à produção. Dessa forma, de meras ferramentas ou mercadorias, eles consolidaram o Brasil como um estado que aglutinava diversas culturas. É curioso ressaltar a escravidão como característica comum não só no Brasil, mas também entre as próprias tribos africanas. Se os quilombos possuem semelhança com o estado oficial no que diz respeito à mão-de-obra, o modo de produção difere. Enquanto o estado brasileiro voltou-se para uma economia de plantation utilizando a mão-de-obra escrava para a monocultura, os quilombos desenvolveram uma organização social hierarquizada e voltada para a subsistência. Esta organização empresarial possuiu camadas bem definidas que configuram uma pirâmide, na qual o líder quilombola está no topo.
Quanto ao Barroco, surge na Europa na tentativa de enfrentar a disseminação do puritanismo. Blackburn defende que representou uma “modernidade alternativa” à ética puritana, crescendo mais nos países católicos do que nos protestantes e favorecendo uma visão controlada e santificada da sociedade civil. No Novo Mundo, o barroco colonial adquiriu um caráter sincrético, incorporado a objetos de devoção religiosa, temas indígenas e africanos, sendo usados o ouro e prata evidenciando a superioridade do valor simbólico sobre o da troca. Tais elementos provocavam restrições na dinâmica comercial entre sistemas escravistas rivais. Ainda sob seu aspecto sincrético, antecipou alguns elementos do crioulo. A cultura crioula surgiu da mistura de elementos europeus, africanos e ameríndios, que foram se afastando pouco a pouco das formas e modelos europeus dentro da dinâmica do plantation nos espaços sociais, originando novas línguas, musicas leis e religiões. O termo crioulo denominava os nascidos na América, e estas novas “formas de vida” nascidas nas colônias eram parcialmente conscientes de que pertenciam a uma nova síntese ou mistura resultante de lutas internas, podendo assim a “crioulização” qualificar também a escravidão.
No âmbito social, mais especificamente no Brasil do século XIX, o escravo via-se segregado, uma vez que os ritos religiosos tronaram-se a única maneira de identificação na sociedade que ignorava sua individualidade. A existência de irmandades negras afirma o fato de que negros e braços não participavam juntos das mesmas atividades religiosas. No entanto, havia tolerância dos ritos africanos. Os ritos fúnebres são os melhores exemplos da tolerância da igreja católica com as crenças africanas, conferindo ao Brasil uma ressignificação para a morte que se localiza exatamente no medo do além vida, que exigia a presença do padre. Outro exemplo é a necessidade de uma boa morte, representada pelos batuques de lundum e Aves Marias, e as vestimentas coloridas e alegres das bandas negras nos cortejos fúnebres. Assim, a fusão entre a herança dos costumes europeus e os costumes africanos causava nos turistas a idéia de desrespeito, mas refletia nos escravos o conforto por serem a síntese do que restou de sua identidade africana, conferindo a sociabilidade que não os era proibida ou castigada, e sim tolerada.
Quanto à questão da comparação entre escravidão antiga e moderna, são notáveis tanto pontos de semelhança quanto de diferença entre elas. Embora ambas possuam em comum a hierarquização social, esta se dá de maneira distinta. Na escravização dos negros africanos, o que houve foi o uso da violência para a aquisição destes, de maneira forçada e tendo como única justificativa a superioridade em técnicas militares que a facilitou. A função dos escravos africanos, principalmente no caso do Brasil, era trabalhar exaustivamente para garantir os lucros de seus senhores, mesmo que em funções distintas. Já no caso da Grécia antiga, por exemplo, eram escravizados aqueles que faziam parte de sociedades conquistadas pelos gregos, e estes enxergavam esta submissão quase como um fator natural, visto que os não gregos, considerados bárbaros, teriam uma propensão natural à escravidão, já que não agiam racionalmente como aqueles. Desta forma, o escravo nada mais era do que um objeto, quase mecânico, que realizava vários tipos de trabalho e sequer era notado pelos cidadãos. A partir da distinção entre os dois tipos de escravidão, como destaca Blackburn, o ponto de distinção mais marcante é o funcionamento de caráter essencialmente econômico da escravidão moderna, visando os lucros e o progresso do sistema capitalista, o que não existia nas sociedades antigas.


BLACKBURN, Robin. Introdução: escravidão e modernidade. In: ____. A construção do escravismo no novo mundo. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 13-44.

13 comentários:

  1. Lendo o post, pensei que poucos elementos trazidos no texto do Blackburn foram trabalhados. Tá certo que aqui aparecem assuntos como o Barroco e a diferenciação da escravidão moderna e antiga. No entanto, vejo muito mais uma discussão em torno de temáticas levantadas nas aulas iniciais (como: qual é o lugar do escravo na sociedade escravista colonial?) do que as polêmicas informações trazidas pelo autor, como: o escravismo moderno não é uma obra arquitetada pelos estados absolutistas; o escravo se converte em mercadoria; os engenhos de açúcar não são arcaicos e trazem consigo uma racionalidade própria da modernidade; a escravidão não é antagônica à modernidade; enfim. Concordo com boa parte do post de vocês, mas penso que existe uma preocupação maior em tentar atacar visões cristalizadas da escravidão brasileira e não de informar e debater a escravidão moderna como um todo, que é a proposta de Blackburn. De qualquer maneira, espero que essas novas informações consigam levantar um debate sobre esses temas aqui neste blog.

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  2. Se no período que vai entre os séculos XV-XVIII o tráfico e escravidão dos africanos e seus descendentes representaram a base para a criação do chamado Sistema Colonial Atlântico, tendo como uma de suas características centrais o elemento racial – um dos pontos que os diferenciam das práticas escravistas do Mundo Antigo – as reflexões e teorias científico-religiosas que buscavam fundamentar n’alguma medida tais práticas encontram raízes bem mais antigas do que comumente pensamos.

    Durante a Idade Média Central, as primeiras conexões entre os homens de cor “negra” com o mau, o pecado e o feio, em contraposição ao homem europeu “branco” como o bom, o justo e o belo, já eram observadas – potencialmente um “eu”, conhecido, cristão, em contraposição a um “outro”, desconhecido, infiel. As imagens textuais das escrituras judaico-cristãs foram muito evocadas durante este processo: os descendentes de um dos infames filhos de Noé seriam negros; assim como a rainha de Sabá que visita Salomão; os reis de Társis e Etiópia que prestariam homenagem ao vindouro messias; e Baltasar, um dos três Reis Magos, são alguns exemplos.

    Sobre este último, a iconografia cristã é riquíssima em modelos e permite estudos de caso muito reveladores. A “Adoração dos Magos” de Roger Van der Weyden, c. 1460-67; a “Adoração dos Magos” de Hieronymus Bosch, c.1510; a “Adoração dos Reis” de Pieter Bruegel, o Velho, c. 1564 – em todos esses vemos alguma conexão da figura do mago africano com algum elemento orientalizante, herético ou idólatra (cor da roupa, chapéu, lugar que ocupa na composição, etc.).

    Também reveladora é uma pintura do séc. XVI, “Adoração dos Magos” de Vasco Fernandes, hoje no Museu Grão Vasco, Viseu, Portugal. Ao invés de um mago afro-descendente, Baltasar é um indígena brasileiro, com cocar, lança e brincos de penas, ocupando lugar de destaque na composição. É uma das primeiras representações de um índio na Europa. Os magos, que outrora representavam os três cantos conhecidos da terra (África, Ásia e Europa), agora abriam espaço para um quarto recém descoberto, a América. Na mentalidade do pintor, o africano poderia ser facilmente substituído pelo nativo americano, tanto em termos simbólicos como pictóricos e, quem sabe, humanísticos (se é que algum dos dois era de fato humano aos olhos do artista europeu!). Era um novo “outro”, criado por tinta e pincel.

    Indicação de Bibliografia:

    GÓMEZ, A.E. El estigma africano en los mundos hispano-atlánticos (Siglos XIV al XIX). Revista de História, n.153, p.139-179, 2005. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rh/n153/a07n153.pdf.

    PINSON, Y. Connotations of Sin and Heresy in the Figure of the Black King in Some Northern Renaissance Adorations. Artibus et Historiae, v.17, n.34, p.159-175, 1996. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/1483528.

    MACCA, M; ALMEIDA, A.V. Santos Reis: protetores dos viajantes. São Paulo: Planeta, 2003, p.17; 22-23; 24.

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  3. O texto de vocês coloca a proposta do pensar e discutir as interações culturais entre escravos e senhores , nas terras americanas, e o conflito entre as perspectivas européias do Barroco perante a Reforma, influenciando no domínio cultural que se foi construindo com a Sociedade escravista moderna.
    O texto para a aula sendo apenas a Introdução de uma obra apresenta a possível defesa de uma “economia mundial ocidental escravista moderna não influenciada diretamente pelo nacionalismo e/ou estado”; e apresentando números que apresentam o domínio escravista pelos grupos “nacionais”, e por uma dinâmica econômica mais agrária a partir da segunda metade do século XVIII, levando a consolidação de consumos europeus despreocupados com quaisquer perspectivas culturais negras nas colônias.

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  4. O texto exposto pelo grupo enfatiza bem a relação de interação e produção cultural do escravo, que teve interferência direta no desenvolvimento e construção da cultura e identidade do Brasil. Essa mudança de visão sobre o escravo, a de participante, muda completamente conceitos anteriores de que a cultura portuguesa/ branca ocidental era a máxima na formação cultural do Brasil. O que mais me agrada neste texto é o caráter sincrético que foi criado a partir da união das culturas que coexistiam no Brasil da época, tanto em caráter religioso, quanto no próprio desenvolvimento de algo inusitado e inédito, que se afastou dos modelos já existentes e adquiriu uma forma própria. O Brasil foi o único lugar em que vemos essa tolerância, mesmo que mínima, com os costumes dos escravos, por mais que brancos e negros não participassem juntos das mesmas atividades, havia um grau de aceitação entre os brancos com o rito dos negros, e mais tarde essa aceitação começa vagarosamente a ser ampliada com a incorporação do mulato à sociedade
    Também gostei que o texto citou a própria escravidão entre os africanos, pois acredito que o assunto é pouco explorado e conhecido entre nós mesmos, estudantes de história e as pessoas em geral, eu mesma quando comecei a pegar gosto pelo assunto acreditava que a escravidão havia sido construída fora da África.

    Stéfani da Silveira Barea - diurno

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  5. Apesar de Blackburn destacar, no texto, o caráter essencialmente econômico da escravidão moderna em contraposição com a escravidão antiga; eu gostaria de aproveitar o foco alternativo que este grupo deu ao tema cultural da escravidão neste post e fazer algumas considerações.
    É interessante a análise de Blackburn, pois, ao contrário do que é vendido aos quatro cantos – que o escravo era oprimido e massacrado; o autor nos trás uma visão um pouco diferente.
    É fato que o negro escravo foi abruptamente retirado de seu meio (o que Blackburn chama de “desinserção”), e introduzido em um novo conjunto de relações sociais. Mas, ainda segundo o autor, é justamente essa migração forçada ‘que colocou em contato íntimo grupos anteriormente distantes’, e que criou a necessidade de se organizar novos sistemas de atribuição de identidade. Assim, a cor da pele passou a ser uma marca facilmente identificável relacionada à escravidão.
    No entanto, no Novo Mundo, a cultura assume um caráter sincrético, que incorporava objetos de devoção católica, indígena e africana, antecipando o que viria a ser a cultura crioula.
    A cultura crioula surgiu da mistura de elementos europeus, africanos e ameríndios, que foram se afastando de modelos europeus dentro das plantation, originando, assim, novas línguas, musicas e religiões. Como o próprio post diz, o termo crioulo denominava os nascidos na América, e estas novas formas de vida nas colônias eram, de certo modo, conscientes de que pertenciam a uma nova síntese.de uma nova mistura.
    E é justamente essa fusão entre elementos de costumes europeus e de costumes africanos que nos trás a ideia de que o escravo negro não era completamente marginalizado, nem necessariamente visto somente como um objeto somente comercial, alheio a toda a sociedade em que vivia. O escravo era, muitas vezes, tolerado e até aceito como parte de uma dinâmica social.
    Desse modo, o negro viu uma forma de se manifestar, de se reconhecer como parte de um todo, em uma sociedade que, pelo menos a principio, ignorou a sua individualidade cultural.

    Bruna Singaretti Fernandes

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  6. Bruna, aproveitando seu comentário, acrescentarei apenas com breves palavras para pensar sobre Blackburn:

    É verdade que ele dá um enfoque econômico e pensa o comércio atlântico, mas é importante enfatizar que Blackburn pensa também as relações sociais e as novas expressões que se originam a partir dessa modernidade. Logo, a modernidade tratada por Robin Blackburn está totalmente imbricada com a cultura e a sociedade que só a modernidade e o contexto específico da escravidão moderna produziram. Basta olhar o exemplo do crioulo e do barroco para que essa questão fique clara.

    Ricardo Sinigaglia Arruda - diurno

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  7. Existe uma aproximação entre a escravidão antiga e a escravidão por volta de 1400-1600 com a participação do Islã. O autor do texto faz uma diferenciação entre a escravidão antiga e um novo modelo de escravidão, novo modelo que corresponde com o começo da participação europeia. As finalidades da escravidão eram diferentes. Isso pode ser observado também no texto de Lovejoy ( A escravidão na África ), não só na escravidão antiga ( Grécia ) a escravidão se dava por conta de prisioneiros de Guerra, mas também entre 1400-1600 na África, uma escravidão por conta também de atividades militares, onde o principal motivo era problemas políticos e não de exportação, sendo um período de forte influência do Islã na África. Já os europeus, tinham outros interesses, sendo mais estritamente econômico comercial, um novo modelo de escravidão.
    Dario Polacchini Neto

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  8. Sobre o escravo moderno ter sua individualidade cultural ignorada, é importante também pensarmos que em praticamente todos os lugares onde existiu a prática da escravidão ocorreu o mesmo. Tomando como base o enfoque cultural apresentado pelo grupo, comparando a escravidão moderna e a antiga, torna-se interessante lançar uma discussão sobre o aspecto étnico envolvido nesta relação, muito mais notável no caso da modernidade. Enquanto um escravo, especialmente no caso do Brasil, era logo identificado pela cor de sua pele, ignorando toda a multiplicidade étnica existente entre os próprios negros, na antiguidade (particularmente no caso grego) esta multiplicidade também era hostilizada, posto que todos os não gregos eram considerados bárbaros e todos os bárbaros compunham um único e imenso grupo homogêneo, exceto quando os gregos enxergavam em algum destes povos algo digno de ser considerado grandioso, como no caso dos egípcios, por exemplo.

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  9. Não acredito que “praticamente todos os lugares onde existiu a prática da escravidão ocorreu o mesmo”, como apontou Matheus W. Para mim, o argumento de que os gregos ignoravam a multiplicidade cultural e étnica de seus escravos da mesma forma que os europeus do mundo moderno é muito sintético e pouco elucidativo. Comparar aspectos semelhantes de diferentes épocas pode colocar a falsa idéia de que a escravidão ocorreu de forma homogênea em espaços e períodos distintos. A escravidão é muito complexa para ser reduzida de tal forma e, nesse sentido, o texto de Blackburn contribui para uma análise que se desvincula desta idéia.
    Apesar de compor alguns argumentos questionáveis, o texto apresenta uma leitura que difere a escravidão antiga com a escravidão moderna, apresentando diversos aspectos dessemelhantes entre ambas as épocas.

    Marcelo Fidelis Kockel

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  10. Este texto, como outros que trabalhamos durante este curso, mostra o escravo como participante ativo da sociedade. É interessante também ver novamente a importância do escravo africano para a constituição de uma identidade brasileira, como a Stéfani disse anteriormente, acho que vale a pena repetir que essa tolerância com o escravo e seus costumes existiu somente no Brasil, desde o início foi algo diferente e inédito.
    É interessante como o autor trabalha com a diferenciação dos escravismos, antigo e moderno, entendo que foi uma forma de mostrar que a escravidão no Brasil foi essencialmente de africanos negros, e que ainda hoje conectamos a escravidão à cor negra, não conseguimos nos desvincular dessa idéia.

    Lennon Gustavo Cordeiro Silveira - diurno

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  11. É interessante estudar a dualidade dos rituais africanos quando no Brasil. Se por um lado, eles se realizavam de modo isolado, numa tentativa de perpetuação dos costumes, por outro ele é largamente incorporado no catolicismo Brasileiro. Ao estudar a igreja católica no Brasil, é impossível não se deparar com as influencias africanas, ainda que parte da religiosidade tenha sido trazida da Europa. Tal sincretismo causava espanto nos europeus que vinham para cá, pois ao mesmo tempo que a austeridade demonstrava todo bom costume europeu, do lado de fora da casa estava o colorido e a batucada barulhenta, dividindo o pátio da igreja com qualquer um que passasse por lá, e isto não era motivo de espanto para nenhum brasileiro.

    Hernane Pereira Junior- matutino.

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  12. Não podemos cometer o erro de analisarmos as referidas sociedades de maneira anacronica,por isso é necessário uma contextualização dos períodos citados para uma melhor compreensão.
    O escravo vindo da America substitui seus laços culturais para inserir-se em uma nova cultura,com novos hábitos,religiões.
    A ciência do século XIX fundamenta sua teoria na inferioridade do negro em relação ao branco europeu.
    O papel social dos escravos nao se restringiu à escravidão.O escravo apesar de não gostar do açoite,acreditava ser ele justo.O castigo e a violencia faziam parte de toda sociedade,e esta depende dessa violencia e coreção para sua formação,organização,através do conjunto de leis.
    O senhor depende do escravo assim como o escravo depende do seu senhor,há ai uma relação de mutualidade.
    O autor vai dizer que o Barroco durgido na Europa como forma de combater o puritanismo,no Brasil adquiri um carácter sincrético,incorporando devoção religiosa,indígena e africana.
    No Brasil do século XIX,o escravo permanecia segregado da sociedade,uma ves que os ritos religiosos era uma forma de identificação com a sociedade.
    Fazendo uma comparação entre escravidão antiga e moderna o autor vai explicitar que ambas possuem uma hierarquização,porém o que difere uma da outra é o fator economico na escravidão moderna visando o lucro em uma sociedade capitalista.

    Maiara Mano 4ºHitoria/noturno

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  13. Não podemos cometer o erro de analisarmos as referidas sociedades de maneira anacronica,por isso é necessário uma contextualização dos períodos citados para uma melhor compreensão.
    O escravo vindo da America substitui seus laços culturais para inserir-se em uma nova cultura,com novos hábitos,religiões.
    A ciência do século XIX fundamenta sua teoria na inferioridade do negro em relação ao branco europeu.
    O papel social dos escravos nao se restringiu à escravidão.O escravo apesar de não gostar do açoite,acreditava ser ele justo.O castigo e a violencia faziam parte de toda sociedade,e esta depende dessa violencia e coerção para sua formação,organização,através do conjunto de leis.
    O senhor depende do escravo assim como o escravo depende do seu senhor,há ai uma relação de mutualidade.
    O autor vai dizer que o Barroco surgido na Europa como forma de combater o puritanismo,no Brasil adquiri um carácter sincrético,incorporando devoção religiosa,indígena e africana.
    No Brasil do século XIX,o escravo permanecia segregado da sociedade,uma vez que os ritos religiosos era uma forma de identificação com a sociedade.
    Fazendo uma comparação entre escravidão antiga e moderna o autor vai explicitar que ambas possuem uma hierarquização,porém o que difere uma da outra é o fator economico na escravidão moderna visando o lucro em uma sociedade capitalista.

    Maiara Mano 4ºHistoria/noturno

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