sábado, 24 de novembro de 2012

Usos e abusos da mestiçagem e da raça no Brasil: o essencial é invisível ao discurso

Marcos Paulo Rocha Fernandes
Matheus Barbosa de Oliveira


            Brasil, finais do século XIX: o Império sucumbe, instituí-se a República. De lá, até o início do século XX, ganhariam força as teorias racialistas europeias, adaptadas e ressignificadas de acordo com a realidade e necessidade. Com o aval do discurso científico, acabar-se-ia por naturalizar a questão da desigualdade. Se com a abolição da escravidão, as ponderações legais não mais surtiam efeito, restava então apelar à diferença teórica. Nas faculdades de Medicina e Direito, fixadas no nordeste e sudeste do país, através do evolucionismo e darwinismo social, os homens de ciência pensariam os problemas e possibilidades sociais decorrentes da miscigenação: da problemática mistura das raças. A elite passaria, assim, a estudar as teorias racialistas e pensar o futuro do país. Quais perspectivas teriam uma gente escurecida, enegrecida? Como evoluir uma nação com tais características? Não agradava às “pensantes mentes” brasileiras o habitar neste imenso laboratório da mistura racial. Para eles, o atraso social e político revelava a fatal consequência daquele cenário, e o branqueamento seria talvez uma solução possível. Os perigos da miscigenação estavam demonstrados e, para alguns, a impossibilidade de uma cidadania universal parecia ser mais que evidente. Ocorre que, discutindo a raça, deixava-se de discutir o indivíduo. E assim renunciava-se à reflexão sobre a cidadania. Com a sobreposição da discussão racial e das teorias a ela ligadas, deixou-se de discutir a igualdade, abrindo-se espaço à reafirmação das diferenças.
            Apenas na década de 30 do século XX a miscigenação deixaria de ser a grande mácula da nação. Aspectos positivos seriam a ela atribuída quando então passaria a representar justamente a marca do brasileiro. O imaginário transformava-se lentamente, mas as marcas ressoariam profundamente em nossa maneira de pensar a cor. A naturalização da desigualdade não seria transplantada com facilidade. Uma estranha ideia de “democracia racial” foi entre nós estabelecida por mais que ainda hoje um homem seja beneficiado por conta da cor de sua pele.  O discurso de aceitação e harmonia ainda reverbera mesmo que no cotidiano diversos fatos demonstrem o inverso. O racista cordial não se expõe, mas, em ambientes não públicos, parece sempre pronto a aflorar suas concepções arraigadas. As piadas estão aí para nos demonstrar tal fato: deprecia-se a cor negra em tom jocoso, sarcástico. Recorramos à pesquisa dirigida por Lília Schwarcz: 99% dos entrevistados assumidamente não racistas – que representam o percentual de 98% do todo – disseram conhecer um racista.
            E se no início no período republicano tal problemática não fora discutida, ainda hoje parecemos preferir trilhar o mesmo caminho. No entanto, como justificaremos a desigualdade racial sem o antigo apoio da ciência? Se antropologia nos oferece material suficiente para descartarmos a existência de raças – já que constituímos a raça humana, una –, de que forma explicaremos o fato de um negro ainda constituir-se como um réu em potencial justamente por conta de sua cor? No que tange a marginalização, basta que visualizemos a quantidade de alunos negros inseridos no ensino superior, principalmente no público. Como brasileiros, parecemos conceber o importante legado de benfeitorias que a cultura de origem africana nos ofereceu como a culinária, a música, as danças, os rituais e expressões linguísticas. Contudo, precisamos de fato ir mais a fundo na discussão do mito em questão para que enxerguemos este racismo “jogado debaixo do tapete”; escondê-la ou mascará-la realmente não é a melhor e mais eficaz das opções. 

18 comentários:

  1. Acho interessante linkar aqui a influência do movimento modernista da década de 20 como catalisador das mudanças de mentalidade acerca da concepção miscigenação. Foi destacado, no inicio do texto, que a partir da década de 30 a miscigenação passou a ser vista como algo interessante e marca registrada do Brasileiro. Fato é que o movimento modernista nacional da década de 20, buscava entender/compreender quem era o brasileiro e realçava a importância da miscigenação como algo tipicamente brasileiro.
    Me parece que tais idéias modernistas foram apropriadas e ressignificadas na década de 30.

    Renan Branco Ruiz
    4HN

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  2. Rafael dos Santos Andrade28 de novembro de 2012 às 06:09

    Torna-se interessante percebermos como a teoria racial, com suas peculiaridades, foi se moldando de acordo com os ideais antropológicos e sociológicos que iam se desenvolvendo nos meios acadêmicos.
    Em um primeiro momento sendo contrário à miscigenação de "raças", e à posteriori sendo aceito como sinônimo de brasilidade. A entrada de novas pesquisas extensas como a de Gilberto Freire, e outros que traziam a bandeira da miscigenação como gênese do “ser brasileiro” contribuindo para a mudança de interpretação de como deveria ser tratada a "tal" miscigenação.

    Rafael dos Santos Andrade
    4º Ano História Noturno

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  3. O texto postado acima cita a influência do evolucionismo e darwinismo social, nas faculdades de Medicina do Brasil como uma forma de sanar “os problemas e possibilidades sociais decorrentes da miscigenação”. Cabe então, salientar algumas coisas sobre essas influencias, uma vez que as teorias raciais, importadas da Europa, se apresentavam como modelo teórico que se moldou ao cenário brasileiro e ao jogo de interesses que se montava no país nas décadas finais do século XIX. Esses modelos teóricos raciais evolucionistas e social-darwinistas adquiriram força como um importante argumento para explicar a desigualdade social. Sendo assim, negros, africanos, trabalhadores, escravos e ex-escravos, tornaram-se “classes perigosas”( Schwarcz) tornando –se assim focos de estudos das ciências.
    Em suma, a mestiçagem foi tida como sinônimo de degeneração não só racial como social, acreditava-se que era a partir da mesma que poderia previa a loucura e criminalidade.

    Caroline Rodrigues
    4º Ano História - Diurno

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  4. A ideia da democracia racial e a opção por não discutir o problema do racismo, escondem na verdade uma espécie de "racismo cordial", em função do qual a discriminação ocorre, mas através de mecanismos silenciosos. É politicamente incorreto se considerar racista, mas entre quatro paredes ou em tom de deboche, os comentários jocosos mostram que uma visão negativa dos afrodescendentes persiste ainda internalizada na mentalidade brasileira. O ideal seria, para nós professores, discutir abertamente a questão racial, impedindo que uma visão pejorativa de determinados grupos da população se cristalize em nossos alunos.

    Marcos Felipe Godoy - Diurno

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  5. A questão do racismo no Brasil acaba se tornando um tabu, pois para a maioria da população brasileira, o Brasil não é um país racista pelo contrario o Brasil seria um país que se orgulha da sua mistura de raças e da sua diversidade cultural, reafirmada pelo governo quando diz: Brasil um país de todos.
    Só que temos que parar de nos enganar e ir de frente e afirma que no Brasil existe sim racismo e temos que discutir a cerca dele, para que só assim possamos tentar acabar com esse "racismo jogado debaixo do tapete" e não através das cotas raciais que em minha opinião só reafirma o racismo existente no Brasil.

    Francisco da Costa Gagliardi 4HD

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  6. É interessante notar o que a pesquisa dirigida por Lília Schwarcz nos diz a respeito da forma como é tratada a questão racial em nosso tempo. De forma geral, as pessoas se consideram não racistas e afirmam conhecer alguém racista. Em um primeiro momento esses dados indicam que as pessoas reconhecem o racismo nos outros, e não em si mesmos, o que nos leva a pensar que essas pessoas mentiram, ou em dizer conhecer um racista, ou em não se dizer racista, já que é difícil acreditar que todas elas conheçam a mesma pessoa racista. Mas, se pensarmos os motivos dessas prováveis mentiras, percebemos como é de fato problemática a forma como a sociedade atual lida com o assunto, pois em si ele ainda é para nós algo nebuloso. A falta de tato com o assunto o torna, como já dito em um comentário, tabu, e assim não se agrava a situação do problema, pois não se busca uma boa compreensão e as medidas tomadas paliativamente geram novas discussões.

    Richard Jonathan Castro, 4 História Noturno

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  7. O racismo é uma marca indelével na nossa sociedade. Acredito ser, de certo modo, impossível afirmarmos que não somos racistas. Que todos são seres humanos, que nada é diferente. Por mais que saibamos que somos todos iguais, o estigma do negro com a cor diferente; aquele que no passado já foi escravizado sempre age no nosso subconsciente e isso é uma marca que carregamos com séculos de existência. O preconceito é algo que está empreguinado em nossas concepções de sociedade, porque a sociedade brasileira, por mais que diga que não, é sim uma sociedade que tem racismo para com o negro, sempre marginalizado e sem oportunidades de ascender. Porém, isso acredito ser um absurdo pois todos são iguais e devem ter conjunturas iguais a de todos os cidadãos.
    É absurdo haver cotas que dêem nota a mais no vestibular público, ou um dia em que "comemoramos" a consciência negra, todo dia é dia da consciência seja lá qual for sua cor, pois é muito racismo acreditar que haja necessidade em se festeja algo que não deveria nem ser feito distinção.

    Aline de Lorenço Teixeira - 4º ano Diurno

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  8. É estranho falar da miscigenação e das diferenças sociais no Brasil, defendendo a igualdade, se para realizarmos tal discurso devemos, necessariamente, tratar o negro em relação ao branco separando-os quando na realidade deveriam ser, e no conceito racial atual são, a mesma coisa: homens. A origem dessa contradição é histórica. A escravidão e o discurso científico racial do século XIX remontam as origens dessa separação que, com pretextos raciais, separou os homens socialmente. Aí surge o motivo das tão polêmicas cotas que tentariam sanar essas diferenças sociais dando acesso maior ao considerados negros ao ensino superior. Ela tenta ajuda-los, eles que foram discriminados no passado, e os ajuda mas ainda assim cometem o mesmo erro cometido nos séculos anteriores: a discriminação. Acabam perpetrando a difereça na mentalidade brasileira colocando como racial um problema social.

    João Paulo Bettini Bonadio 4HN

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  9. A questão das etnias no Brasil é confusa e diversa, porém aportam no mesmo ponto: no Brasil não se faz uma discussão a fundo sobre a questão apresentada por Lilia Moritz Schwarcz sobre a mestiçagem e a questão das "raças" no país. O tema é carregado de estigmas, que dificultam o desenvolvimento de uma discussão séria a respeito, pois há um preconceito em ter preconceito, ou seja, não se discute por achar que o próprio debate já seria preconceituoso em sua origem. A identidade nacional ora gira em torno da positividade da mestiçagem, ora não e, assim, não chegamos a um acordo sobre a legítima e aceita identificação étnica da sociedade brasileira.

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  10. Apesar de haver uma maior aceitação da mestiçagem no Brasil, nos anos 30, ou nos anos 20, como indagou Renan em um dos comentários acima, devemos lembrar das ideologias que foram abordadas em "Onda Negra, Medo Branco", livro de Célia de Azevedo. Vemos neste livro, que apesar de haver aqueles que são completamente contra a mestiçagem, muitos pensadores ainda no século XIX, eram a favor da vinda massiva de imigrantes europeus ao Brasil, para que com o tempo, houvesse um branqueamento da raça através da mestiçagem, e assim a identidade negra fosse amenizada como característica dos habitantes do país. Apesar destas ideologias serem completamente racistas, não deixam de ser a favor da mestiçagem, coisa que antes, era impensável para a sociedade branca.

    Priscila Marques Cruz - 4º ano Noturno

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  11. Acredito que como foi posto em sala é preciso que a discussão sobre o racismo seja fomentada, a fim de que essa barreira que nos impede de enxergar e reconhecer o racismo, as vezes implícito em nós mesmos venha a tona e seja combatido. Só teremos verdadeiro avanço social quando conseguirmos expurgar esse e muitos outros "tabu" de nossas vidas. Como professores nossa função é instigar o debate, trazer a tona as ideias e comportamentos a serem conversados e combatidos, mas acredito que atualmente é necessária a exposição de uma identidade nacional aonde haja a participação e integração do negro como agente histórico, não apenas como mero coadjuvante da formação da sociedade e da cultura americana. E a partir disso desfazer esse estigma do negro escravo, vitimizado e ignorante.

    Lays Maria - 4HN

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  13. Os desvios que a questão racial realiza, torna-nos alvos apenas de politicas públicas, como se fosse a saida ideal para o respectivo problema. Parece que a escravidão pertenceu aos homens de uma história que já sei foi que não nos pertence. E não é isso! O Racismo existe e esta espalhado em nossa sociedade, O texto trabalhado em sala de aula:Usos e abusos da mestiçagem e da raça no Brasil. Ajudou a aguçar o olhar para não somente as teorias levantadas acercada da questão racial, na minha opnião ele converge para as futuras atitudes a serem tomadas. Sera que o Brasil sempre sera tratado como uma criança para o olhar da Europa?
    Será que sempre nos enconderemos na mascara da igualdade? O que não pode acontecer é a invisbilidade. Espera-se de nós atitudes praticas ao invés de discursos prontos: o essencial é invisível ao discurso.

    Marcos Paulo Rocha Fernandes
    4º Ano de História

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  14. Creio que seja necessário destacar a força da escola que pregava o "evolucionista social", e a sua inter-relação com o nascimento da Antropologia. No texto, Lilia Schwarcz destaca o nome de teóricos como Frazer e Tylor. Para eles o desenvolvimento humano poderia ser medido a partir de etapas fixas e pré-determinadas, e que possuía um vínculo mecânico com os elementos culturais, tecnológicos e sociais. Dessa forma, tendo a tecnologia como índice fundamental de análise e comparação, para os evolucionistas a humanidade aparecia representada tal qual uma imensa pirâmide - dividida em estágios distintos, que iam da selvageria para a barbárie e desta para a civilização, sendo esta pirâmide uma forma extremamente rígida. Seu método era comparativo, onde os evolucionistas sociais pareciam dialogar com seu contexto: enquanto imperialistas, como Cecil Rhodes, afirmavam que pretendiam tudo dominar - de países a planetas -, a utopia desses etnólogos sociais era tudo classificar. Quer queiramos ou não, foi somente devido ao desenvolvimento e estudo de tais análises por nossos intelectuais que foi possível o nascimento da disciplina Antropologia no Brasil, tendo como expoentes autores como Euclides da Cunha e Nina Rodrigues, como bem mostra ¬¬Mariza Corrêa no livro “As ilusões da liberdade: a escola Nina Rodrigues e a antropologia no Brasil”.

    Vivian Montezano Cruz, 4º ano História Diurno

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  16. Conforme Schwarcz apontou nas páginas finais do seu trabalho intitulado de Usos e Abusos da Mestiçagem e da Raça no Brasil: uma história das teorias raciais em finais do século XIX, a questão racial é um problema que precisa ser superado na sociedade brasileira. Segundo a autora, nós não podemos esquecer as especificidades das questões raciais no Brasil se tivermos o intuito de chegar à uma “democracia” de fato. Para a Schwarcz também não se pode dar uma explicação puramente economicista para resolver a questão, afinal, uma explicação somente pelo viés econômico não consegue abarca-la na sua totalidade, nesse sentido, a autora escreveu: “Afirmar que a raça se esconde na classe é entender só parte da questão” (SCHWARCZ, 1988).

    Abner Neemias da Cruz, 4º ano História - Diurno.

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  17. Como apresentado pelo grupo em sala de aula, embasados principalmente pelo texto "Usos e Abusos da Mestiçagem e da Raça no Brasil: uma história das teorias raciais em finais do século XIX", o que se percebe de forma clara na sociedade brasileira atual é a ausência de negros nas salas de aula, principalmente em nível superior. Em nossas próprias salas de aula, por exemplo, pouco se trabalha essa problemática e muito se nota a ausência de um devido foco acerca do racismo existente.
    Necessita-se, como já elencado, que haja um trabalho maior voltado a sanar essas lacunas sociais existentes, buscando uma inserção cada vez maior do negro na sociedade em ambos aspectos, possibilitando uma diminuição nas desigualdades existentes e uma igualdade maior, principalmente no aspecto da educação, o que levará a uma maior qualificação profissional e uma consequente e notável melhora no aspecto econômico.

    Bruna Gomide de Oliveira - 4º de História Diurno

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  18. A questão racial no Brasil tem origem na própria base de produção, desde a colonia. Por que o Negro é discriminado no Brasil? Não se trata somente de uma diferença física humana da cor da pele, mas sobretudo como a imagem do negro foi construída durante a história do Brasil, mas essa construção ideológica tem fundo no tipo de trabalho adotado na colonia e perpetuado posteriormente. A “ciência” do século XIX, racialista, nada mais fazia do que tentar legitimar cientificamente o que se verificava na realidade social.
    O quadro que observamos hoje é distinto somente quanto a ciência oficial, porém na sociedade observamos os mesmos antagonismos históricos. Nas ciências hoje não se fala em raças distintas, mas socialmente percebemos que existem raças, uma delas ligada à imagem de cidadão honesto e trabalhador, a outra de homem preguiçoso e malandro; o negro como pobre marginal perigoso, o branco integrado e esforçado.
    De fato as cotas não são medidas que responderão totalmente ao problema do racismo, é uma medida paliativa. Se queremos acabar de fato com o racismo e a discriminação devemos pensar como democratizarmos de fato toda a sociedade: o problema do acesso ao estudo para negro só poderá ser sanado com a democratização total da educação, ou seja quando a sociedade conseguir garantir universidade para todos.
    Se os negros não estão nas carteiras da universidade, estão em peso nos trabalhos mais precários, se os negros não fazem parte das parcelas mais ricas, são a grande maioria dos miseráveis urbanos e dos que ganham menos para executarem os mesmos serviços que os brancos. A construção do racismo nas relações sociais, mantem-se em base uma posição dos negros na sociedade atual. Portanto existe uma ligação intrínseca do modo de produção capitalista construído no Brasil com o racismo; observamos isso em base ao que o brasil tem crescido no ultimo período, em base a remessa de capital exterior, commodities e trabalho precário, onde estão principalmente os negros. O racismo no Brasil é umbilicalmente ligado ao capitalismo.

    Cultuarmos contribuições culturais dos negro introduzidas na cultural dita nacional, não diminui os antagonismos advindos dos racismo, pode inclusive contribuir para a mito da igualdade racial, cujo maior ideólogo foi Paulo Freire, ainda que nunca pronunciou ou tenha escrito o termo “igualdade racial” foi Paulo Freire que formulou uma “teoria” que sustentou a passividade dos negros na miscigenação, que construiu uma ideologia que sustenta os argumentos até hoje a defesa da cordialidade entre as raças. Para combater de fato o racismo é necessário admitir, antes de tudo, que o racismo e as raças, socialmente, existem, ainda que saibamos que biologicamente não constituímos raças distintas; para a partir daí pensarmos uma sociedade onde o racismo não seja necessário para a produção.

    Rene Cezarino Neto

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